Mediação empresarial em processos de crise

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Mediação empresarial em processos de crise: por que tantas empresas quebram após a recuperação judicial

A mediação empresarial em processos de crise tornou-se uma necessidade urgente diante dos números divulgados recentemente pelo Valor Econômico. Segundo a análise, quatro em cada dez empresas entram em falência após concluir a recuperação judicial, revelando a fragilidade estrutural da reestruturação quando não acompanhada de mecanismos de diálogo qualificado .

Uma diretora financeira de uma indústria familiar, por exemplo, acreditava que a recuperação judicial resolveria suas tensões com credores e estabilizaria a operação. No entanto, ao final do processo, os conflitos internos permaneciam, o alinhamento estratégico não havia sido restabelecido e as decisões críticas continuavam travadas — exatamente o terreno no qual a mediação estratégica deveria ter sido acionada desde o início.

Por que a mediação empresarial em processos de crise é indispensável diante dos novos dados do mercado

A matéria destaca que, no terceiro trimestre de 2024, 37% das empresas que saíram da recuperação judicial faliram, o maior índice já registrado. Esses números repercutem diretamente em setores como comércio, serviços e agronegócio, que lideram pedidos de reestruturação .

Fontes especializadas reforçam: muitos planos de recuperação judicial fracassam porque não enfrentam os conflitos que realmente impedem a empresa de avançar.

Isso inclui:

  • divergências entre sócios,
  • desalinhamento entre família empresária e executivos,
  • ausência de governança,
  • comunicação deteriorada com credores.

A mediação empresarial em processos de crise reorganiza essas relações antes que elas comprometam a viabilidade econômica.

Mediação estratégica: o elo que falta nos processos de reestruturação

Profissionais citados na reportagem afirmam que falências pós-RJ frequentemente decorrem da incapacidade de atrair financiadores e da ausência de enfrentamento dos problemas de gestão .

É justamente aí que a mediação estratégica se mostra decisiva:

  1. Diagnóstico claro dos conflitos estruturais

Não existe reestruturação sustentável sem enfrentar as tensões internas.
A mediação revela:

  • o que realmente impede decisões;
  • quais divergências devem ser tratadas antes da renegociação;
  • como reconstruir confiança entre sócios e gestores.
  1. Construção de acordos duradouros

A mediação desenvolve soluções que integram o plano financeiro a ajustes de governança, papéis, responsabilidades e rituais decisórios — elementos que sustentam a mudança.

  1. Comunicação qualificada com credores e stakeholders

Credores tendem a confiar mais quando percebem governança e clareza.
A matéria mostra que empresas conseguiram evitar a falência ao restabelecer diálogo produtivo com grandes instituições financeiras, reforçando o impacto da negociação .

  1. Redução de litígios e custos adicionais

Conflitos não mediados se transformam em disputas judiciais caras, demoradas e desgastantes.

Como a mediação empresarial apoia empresas familiares em processos de crise

Famílias empresárias enfrentam camadas extras de complexidade:

  • sucessão sem preparo,
  • divergências geracionais,
  • mistura entre temas patrimoniais e emocionais,
  • dificuldade de discutir papéis e expectativas.

A mediação empresarial em processos de crise cria um espaço seguro e estruturado para restaurar confiança, reorganizar governança e preservar a continuidade do negócio — especialmente quando a sucessão ocorre em paralelo à crise financeira.

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A importância da mediação na prevenção de falências pós-recuperação judicial

Os dados revelam que a crise empresarial raramente é apenas financeira.
É relacional.
É estratégica.
É estrutural.

E nenhum plano de recuperação judicial é capaz de prosperar quando os pilares internos continuam fragilizados.

Por isso, organismos como CNJ, OAB, Conjur e Migalhas têm reforçado nos últimos anos a importância dos métodos adequados de resolução de conflitos — especialmente na esfera empresarial — como ferramenta de preservação de valor.

A mediação não promete resultados; ela cria as condições para que eles se tornem possíveis.

Conclusão: reconstruir exige diálogo e estratégia

A recuperação judicial pode ser necessária, mas não é suficiente.
Sem diálogo, sem governança e sem alinhamento entre os principais decisores, o risco de colapso após a RJ permanece elevado — como mostram os números.

A mediação empresarial em processos de crise oferece exatamente o que a empresa precisa para atravessar momentos críticos com clareza, segurança e estratégia.

Vamos conversar sobre como isso se aplica ao seu contexto?